sábado, 24 de março de 2012

Hereditariedade vs Meio

Hereditariedade


Conjunto de potencialidades que o indivíduo possui e que são herdadas no momento da concepção.
Métodos fundamentais do estudo da hereditariedade humana: 

1) ADN: estudo dos genes responsáveis por determinadas características;
2) Genealogia: estudo das características que numa dada família são transmitidas de geração em geração;
3) Gemelologia: estudo do comportamento dos gémeos idênticos (produto de um mesmo óvulo) e que foram separados à nascença para identificar os comportamentos controlados pelos genes herdados e os que são contrlados por factores externos, como as relações precoces e a dinâmica familiar.

CURIOSIDADES de estudos feitos

Ø  Os estudos apontam para o facto de os gémeos tenderem a ter níveis de inteligência idênticos;
Ø  Se ambos os pais são débeis mentais, as crianças tendem a sê-lo numa proporção de 9 em cada 10;
Ø  Os indivíduos de meios pobres e intelectualmente pouco estimulantes, tendem a ter um Q.I. mais baixo;
Ø  A predisposição para doenças mentais é elevada tratando-se de doenças como a epilepsia, ciclotimia, psicose maníaco-depressiva;
Ø  Aptidões para a música, matemática e outras têm sido apontadas, mas não existe nenhum consenso sobre esta questão.



        Meio

Conjunto de elementos que nos planos fisiológico, sensorial e sociocultural influenciam o desenvolvimento do indivíduo.
A influência do meio começa na fase de fecundação e prolonga-se ao longo da vida do indivíduo:

Gestação. Durante a fase de gestação, uma "criança" pode ser afectada por inúmeros factores externos que lhe provocam certas deformações, como por exemplo:
Ø  Medicamentos e outros produtos químicos ingeridos pela mãe, que podem provocar alterações no ADN, originando malformações;
Ø  Drogas;
Ø  Doenças da mãe (diabetes, sífilis, toxoplasmose, rubéola);
Ø  Radiações atómicas;
Ø  Determinados estados emocionais podem afectar o desenvolvimento do feto.

Desenvolvimento: após o nascimento, o meio continua a actuar sobre o material genético estimulando o desenvolvimento ou não de certas características hereditárias. A melhoria da alimentação e das condições de vida provocam, por exemplo, um aumento da estatura dos indivíduos. 



A Balança da Hereditariedade - Meio



      Debate
Ø  O que é que pesa mais na formação das características de um individuo: a hereditariedade ou o meio?
Ø  Qual a influência da hereditariedade no comportamento?
Ø  Até que ponto os nossos comportamentos são geneticamente determinados?


Opinião do grupo

Centrámos a nossa opinião a partir de um exemplo prático que, como futuros profissionais do desporto, poderemos ser confrontados e teremos de saber lidar da melhor forma possível.

Exemplo de debate: predisposição genética e influência do meio na “formação” de um atleta.

A influência da hereditariedade e do meio no desenvolvimento desportivo de um atleta, na opinião do grupo, que é uma opinião consensual, é de que é tão importante as características genéticas herdadas dos pais como o meio onde o desportista vai crescer e desenvolver-se. Se não vejamos:

-  Não basta ser filho do recordista mundial da maratona, por exemplo, para ser um óptimo atleta.
- Por outro lado também não basta dar a um desportista todos os meios e condições para conseguir “produzir” um grande atleta.
O desportista quando nasce não está pré-determinado, mas vai-se definindo numa interacção entre as suas potencialidades genéticas (o que herdou dos pais) e as influências do meio onde está inserido e onde vai interagindo.


Opinião Científica
Todos os estudos apontam para a constatação que não podemos separar a hereditariedade do meio na formação e desenvolvimento de um ser humano. Todos os indivíduos são portadores de um dado património genético que pode ou não exprimir-se conforme as características do meio em que se desenvolve.
A controvérsia continua a existir quanto ao peso relativo de cada um dos factores, qual é mais importante – hereditariedade ou meio?

Contudo, a resposta de vários psicólogos aponta que entre o inato e o adquirido não há competição, mas sim interacção.

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